Os agricultores familiares da microbacia Santa Maria, em São José de Ubá, estão se preparando para dar mais um grande passo: vender a produção de olericultura para o Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Com apoio do Rio Rural, o grupo já comemora muitas vitórias, como o fortalecimento da Aprovisam, a associação local de produtores , a comercialização de leite para a empresa de laticínios Marília e a venda de parte dos produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, do governo federal.
A venda de legumes para programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário só foi possível através de convênio firmado entre a associação e a Unacoop - União das Associações e Cooperativas Usuárias do Pavilhão 30, sediada na Ceasa/RJ. Catorze produtores venderam vegetais para o PAA no ano passado e, este ano, outros 15 estão aptos a ingressar no programa. Já a venda para o PNAE será feita através da Coopaferj - Cooperativa da Agricultura Familiar e Pesca do Estado do Rio de Janeiro, à qual cada produtor deverá se associar individualmente.
No dia 5 de março, dia em que se comemora a Integração Cooperativista, Aprovisam, Unacoop e Coopaferj promoveram uma reunião com os produtores rurais da microbacia de Santa Maria, para explicar as regras dos programas. O presidente da Aprovisam, Cláudio Roberto Ferreira Cunha, afirmou que o objetivo é obter com a olericultura os mesmos resultados do leite. “Eu considero que a missão da associação com a pecuária leiteira está cumprida. Conseguimos fechar um contrato importante, que garante a compra de todo o leite produzido pelos nossos associados. Agora, queremos fazer o mesmo com a olericultura, encaminhar a produção para uma venda certa.”
Bernardo Araújo Pereira, presidente da Coopaferj e vice-presidente da Unacoop, afirmou que as cooperativas existem para dar suporte ao agricultor familiar - operacional, logístico, contábil e tributário - , viabilizando a comercialização, principalmente nos mercados institucionais. “. “Elas oferecem viabilizam a relação entre a as organizações, o poder público e o setor privado. Não há atravessadores, o que agrega valor ao produto. O agricultor recebe o valor definido pela Fundação Getúlio Vargas para cada mercadoria”.
Sem o apoio das cooperativas, os produtores não conseguiriam vender para estes programas do MDA, porque, entre outras exigências, é preciso emitir nota fiscal eletrônica. Esta primeira reunião esclareceu as dúvidas e, no dia 16 de março, um novo encontro será realizado para formalizar a adesão dos produtores ao PNAE.
Diversificação da economia abriu o mercado
São José de Ubá tem tradição no plantio do tomate, mas a produção vem se diversificando com incentivo do Rio Rural. Hoje, os agricultores plantam aipim, quiabo, milho verde, pimentão, pepino, berinjela, abóbora, batata-doce e arroz, entre outros. “Era preciso investir em outras culturas para que o produtor rural tivesse mais lucros e a economia local pudesse crescer. Não era mais viável que todo mundo plantasse tomate”, esclarece Norma Lúcia dos Santos, técnica da Emater-Rio e executora do Rio Rural na microbacia Santa Maria.
São José de Ubá tem tradição no plantio do tomate, mas a produção vem se diversificando com incentivo do Rio Rural. Hoje, os agricultores plantam aipim, quiabo, milho verde, pimentão, pepino, berinjela, abóbora, batata-doce e arroz, entre outros. “Era preciso investir em outras culturas para que o produtor rural tivesse mais lucros e a economia local pudesse crescer. Não era mais viável que todo mundo plantasse tomate”, esclarece Norma Lúcia dos Santos, técnica da Emater-Rio e executora do Rio Rural na microbacia Santa Maria.
Fundada em abril de 2001, a Aprovisam se fortaleceu com a atuação do programa. Produção diversificada, documentação em dia e venda para os programas institucionais são apenas parte de muitas conquistas. “No início, a gente não tinha nada. Hoje temos dois tanques de expansão, um adquirido com recursos próprios e outro através de subprojeto grupal do Rio Rural. Compramos o terreno, construímos nossa sede e mandamos 840 litros de leite diariamente para o laticínios Marília, em Itaperuna”, disse o presidente da associação, Cláudio Cunha.
São muitos os subprojetos implantados na microbacia: adubação orgânica, cana forrageira, esterqueira, composteira, kit galinha, pastoreio rotacionado, plantio em nível, artesanato grupal e o tanque de expansão de uso coletivo. Na parte ambiental, onze nascentes já estão protegidas. Foram feitos, também canais de contenção, proteção de áreas de recarga e recuperação da mata ciliar.
Rio Rural
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